Embalagens de grama substituem quentinhas de alumnio e plstico

Materiais Avanados

Redação do Site Inovação Tecnológica – 01/06/2021

Quentinha de grama

Fibras de grama podem substituir plsticos e metais por um material 100% biodegradvel e descartvel nas embalagens de alimentos para viagem.

A ideia est sendo levada adiante pela Agncia de Agricultura da Dinamarca, que reuniu academia, indstria e consumidores para desenvolver, demonstrar, testar e avaliar embalagens base de fibras vegetais.

O foco est especificamente nas embalagens para alimentos para viagem, as chamadas quentinhas. O projeto comeou com as provas de conceito, feitas em laboratrio, est prosseguindo agora por testes em escala piloto e avanar at os ajustes necessrios para a adaptao dos processos industriais necessrios para que as “quentinhas de grama” cheguem ao mercado.

“Embalagens descartveis feitas de grama trazem muitos benefcios ambientais. A embalagem ser 100% biodegradvel, ento, se algum deixar cair acidentalmente sua embalagem na natureza, ela se decompor naturalmente,” destacou Anne Hastrup, diretora do Instituto Tecnolgico Dinamarqus, que est coordenando o projeto.

Hastrup adianta que o objetivo substituir totalmente as mais de 10.000 toneladas de embalagens para alimentos e bebidas para viagem usadas anualmente na Dinamarca. O uso exclusivo de embalagens de base biolgica e biodegradvel reduzir as emisses de carbono da produo de embalagens em aproximadamente 210.000 toneladas de CO2 anualmente.

Embalagem de trevo ou grama

Embora esteja trabalhando tambm com trevo, o projeto se concentrou no uso de grama porque um material facilmente cultivvel no clima frio do pas e uma cultura que no compete com a agricultura de alimentos.

Alm disso, no ser necessrio iniciar novas culturas, uma vez que a ideia usar subprodutos da indstria de rao animal.

“Depois de colher a grama e extrair a protena para rao animal, podemos refinar e transformar em polpa as fibras da grama para extrair a celulose, da qual vamos fabricar as embalagens. Dessa forma, podemos usar e valorizar um fluxo secundrio da produo de protena. uma tima maneira de criar valor agregado para o biorrefino, j que nem todas as fibras de grama podem necessariamente ser usadas como rao para gado,” disse o professor Morten Ambye-Jensen, da Universidade de Aarhus.

As fibras constituem aproximadamente 70% do material que resta aps o biorrefino para extrao das protenas.

Com todo o financiamento garantido, a expectativa da equipe ter todo o projeto finalizado em 2023.

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