Espao
Redação do Site Inovação Tecnológica – 19/03/2021
o segundo nanossatlite da famlia. O primeiro continua em operao.
[Imagem: INPE/UFSM/AEB]
NanoSatC-Br2
Na madrugada deste sbado (20), ser lanado do Cosmdromo de Baikonur, no Cazaquisto, o nanossatlite brasileiro NanoSatC-Br2.
Com formato de paraleleppedo – 22 cm de comprimento, 10 cm de largura e 10 cm de altura – e 1,72 quilograma de massa, o pequeno satlite de observao ser lanado pelo foguete russo Soyuz-2, operado pela Agncia Espacial Roscosmos.
Seu antecessor, o NanosatC-Br1, foi lanado em 2014 por um foguete DNEPR, tambm na Rssia, e continua em operao at hoje.
O NanoSatC-Br2 ter como misso estudar e monitorar, em tempo real, a precipitao de eltrons na ionosfera, os distrbios observados na magnetosfera terrestre, a intensidade do campo geomagntico – com destaque para os seus efeitos na regio da Anomalia Magntica do Atlntico Sul – e a precipitao de partculas energticas sobre o territrio brasileiro.
O projeto um esforo conjunto do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da Universidade Federal de Santa Maria (RS) e da AEB (Agncia Espacial Brasileira).
Carga cientfica
A misso do nanossatlite servir para validar novas tecnologias espaciais, como um circuito tolerante a radiao e um software tolerante a falhas, alm de um sistema de determinao de altitude e um experimento radioamador.
Ele leva a bordo as seguintes cargas fsicas:
- Sistema de Determinao de Atitude Tolerante a Falha – o primeiro sistema nacional de determinao de altitude, contando com tripla redundncia, magnetmetro prprio e utilizando sensores solares da plataforma do nanossatlite. O projeto do instrumento foi realizado em cooperao por pesquisadores do Inpe e das universidades federais de Minas Gerais e do ABC.
- Sonda de Langmuir – o objetivo principal desse dispositivo, desenvolvido no Inpe, observar a distribuio global da densidade e temperatura de eltrons, especialmente na parte noturna das rbitas.
- Placa com experimentos – formada por um circuito integrado FPGA, projetado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, um circuito integrado Asic, desenvolvido pela Universidade de Santa Maria, e um magnetmetro, projetado no Inpe.
H tambm experimentos envolvendo softwares:
- Controle de altitude B-dot – controlador de tipo magntico, desenvolvido no Inpe.
- Experimento de comunicao de pacotes “armazena e envia” – desenvolvido pela Corporao Satlite Radioamadora do Brasil e pela Liga de Amadores Brasileiros de Radioemisso de So Paulo.
A equipe de montagem e integrao preparou o nanossatlite para o lanamento.
[Imagem: UFSM/Divulgao]
Participao de estudantes e da populao
O desenvolvimento e o custo do lanamento de nanossatlites so baixos em relao s misses espaciais tradicionais, como a que lanou o primeiro satlite 100% desenvolvido por brasileiros, o Amaznia-1.
Alm das campanhas de observao ps-lanamento, o projeto, desenvolvimento e construo de satlites de pequeno porte parte importante no desenvolvimento e capacitao de profissionais nos campos de engenharia, tecnologia espacial, geofsica e aeronomia (cincia que estuda as camadas superiores da atmosfera).
“Os alunos vo ajudar na operao do nanossatlite. O contato principal depois de o equipamento lanado. Eles vo obter os dados cientficos que esto chegando Terra. O fato de os alunos terem esse contato na graduao fantstico porque eles conhecem como funcionam o mercado de satlite e todo o processo que envolve a fabricao e aquisio de equipamentos, lanamento e operao dele no espao,” afirmou o professor Eduardo Escobar Brger, da UFSM.
E a famlia de NanoSatC tambm integra cidados interessados nas comunicaes.
“O satlite tem quatro objetivos: O cientfico, o tecnolgico, o educacional – que a participao dos alunos em todas as fases do ciclo de vida [do equipamento] – como tambm a misso dos radioamadores, que vo enviar sinais para o satlite, que por sua vez repetir o sinal de volta,” explicou o professor Brger.
Lanamento, rbita e rastreamento
O lanamento do NanosatC-BR2 est programado para este sbado (20), s 3h07min (horrio de Braslia). Ele ir ao espao junto com outros 37 satlites, de 18 pases, a bordo de um foguete Soyuz 2.1a/Fregat-M.
Ele circundar a Terra a uma distncia aproximada de 600 km da superfcie terrestre, bem mais alto do que a rbita mdia da Estao Espacial Internacional, que fica a cerca de 340 km da superfcie.
Para a operao do satlite, na qual h envio e recebimento de dados, o programa NanosatC-BR conta com duas estaes de rastreio. Uma delas fica sobre o prdio da Coordenao Espacial do Sul (Coesu) do Inpe, que fica no campus sede da UFSM. A outra localiza-se na Coordenao Espacial do Nordeste, na cidade de Natal. O sinal do satlite poder ser captado ainda por radioamadores mundo afora.
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