Este texto faz parte da cobertura do Finanças Femininas para traduzir o que está acontecendo com o mercado financeiro durante a pandemia do coronavírus. Ajudamos você a se informar com uma linguagem simples, sem economês e sem pânico!
Ibovespa: -2,41% (94.666 pontos)
Dólar: +1,42% (R$ 5,63)
Casos de coronavírus: 4.736.831 confirmados e 141.877 mortes*
Resumo:
- Governo anuncia Renda Cidadã para substituir Bolsa Família;
- Empreendedores terão acesso a empréstimo por maquininha de cartão;
- Consumidores compraram mais de pequenos negócios e fortaleceram a economia local.
A segunda-feira, 28, começou positiva e fez o Ibovespa subir até 1,35% nas primeiras horas do dia, acompanhando a alta do dólar e a curva dos juros futuros no topo. Os investidores estavam atentos a nova proposta de reforma tributária do governo e os rumores de incluir impostos sobre transações financeiras – “nova CPMF”. Mas as ideias não vingaram e a Renda Cidadã, que vai substituir o Bolsa Família, acabou ganhando os holofotes em Brasília.
Com a expectativa do que viria no período da tarde, o índice caiu e fechou em queda de 2,41%, aos 94.666 pontos – o patamar mais baixo desde 16 de junho.
Já o preço do dólar disparou diante dos riscos oferecidos pela economia nacional, fazendo com que os investidores buscassem opções no exterior. O Banco Central até chegou a intervir vendendo moeda americana no mercado, para suprir a forte demanda.
Ainda assim, o dólar comercial fechou com alta de 1,42%, aos R$ 5,6358.
Após “vai e vem”, governo anuncia Renda Cidadã com recursos do Fundeb e precatórios
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou na tarde desta segunda-feira, 28, um novo programa social batizado de Renda Cidadã que será apresentado ao Congresso junto a PEC Emergencial.
O programa vai substituir o Bolsa Família e abranger os atuais beneficiários do Auxílio Emergencial, respeitando o teto de gastos. Para financiá-lo, serão utilizados os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e as verbas para pagamento de precatórios – são dívidas do poder público decorrente de condenações judiciais – de acordo com o senador e vice-líder do Governo no Congresso Nacional, Márcio Bittar (MDB-AC).
Bittar disse, em entrevista coletiva, que o governo dispõe de R$ 55 bilhões reservados no Orçamento para pagar os precatórios. Segundo o senador, será possível utilizar o limite de 2% das receitas líquidas para quitar o precatório, e o restante desse montante vai financiar o Renda Cidadã. Ele ainda afirmou que proposta prevê o uso de até 5% de recursos do Fundeb. Não há detalhes sobre o valor do benefício para cada família e o programa precisa ser aprovado pelo Congresso.
Linha de crédito via maquininha de cartão para MEIs, micro e pequenas empresa estará disponível a partir do dia 1 de outubro
O Ministério da Economia liberou R$ 5 bilhões para financiar microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas por meio da maquininha de cartão. A linha de crédito foi anunciada nesta segunda-feira, 28, e faz parte do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac) na categoria garantia de recebíveis, denominada Peac-Maquininhas. No total, serão R$ 10 bilhões de recursos da União.
As empreendedoras poderão acessar o programa a partir do dia 1 de outubro nos bancos participantes, que podem conceder o empréstimo até 31 de dezembro de 2020 com taxa de juros de 6% ao ano, prazo de 36 meses para o pagamento, incluindo a carência de seis meses.
O valor disponibilizado está limitado ao dobro da média mensal das vendas recebidas pelas maquininhas de cartão de crédito e débito, e restrito à quantia máxima de R$ 50 mil. Os critérios para solicitar o financiamento estão disponíveis na página do BNDES, clique aqui.
73% dos consumidores compraram de pequenos negócios de bairro durante a pandemia, aponta estudo
A “Pesquisa do uso das ferramentas digitais pelo consumidor” realizada pelo Facebook em parceria com a consultoria Deloitte mapeou hábitos de compras das pessoas durante a pandemia e constatou que 73% dos consumidores compraram dos pequenos negócios de bairro.
O levantamento foi realizado em julho de 2020 em 13 países, incluindo no Brasil e ainda mostrou que para 48% dos consumidores que optaram por comprar de pequenos negócios, o principal motivo foi a preocupação com a sobrevivência desses empreendimentos.
Além disso, 67% das pessoas que compraram das pequenas empresas justificaram a escolha com base nas melhores ofertas ou serviço mais rápido. Já 54%, relataram que as redes sociais ajudaram a descobrir os novos negócios locais ou não.
*Até o fechamento do texto. Fonte: levantamento feito por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde
Fotos: AdobeStock
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