Um supercarro de corrida elétrico, com assistência de direção parcial e capaz de “voar” como um caça a jato. Esse é o conceito do E-R9, apresentado pela Lotus para os torneios de automobilismo de 2030.
O projeto é do engenheiro de aerodinâmica da montadora, Richard Hill, com acabamento em preto e dourado, para lembrar os anos de sucesso da marca na Fórmula 1, que lhe renderam 13 títulos mundiais (um deles com o brasileiro Emerson Fittipaldi, em 1972). As inovações incluem uma carroceria que se transforma para auxiliar nas curvas de alta velocidade.
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E-R significa “Endurance Racer”, enquanto 9 lembra a Lotus Mark IX que marcou a estreia da equipe nas 24 Horas de Le Mans, em 1955. “O que tentamos fazer é expandir os limites de onde estamos tecnicamente hoje e extrapolar para o futuro”, explica Hill. “O Lotus E-R9 incorpora tecnologias que esperamos desenvolver na prática”, completa.
Ao longo da lateral em formato de asa delta, o carro elétrico possui superfícies ativas que podem mudar sua forma de acordo com o fluxo de ar. A ideia é que com o pressionar de um botão, o piloto possa escolher entre ter arrasto mínimo nas retas ou mais força descendente nas curvas.
As superfícies de controle vertical na parte traseira gerariam forças aerodinâmicas para ajudar o carro a mudar de direção, sem as limitações de aderência na área de contato do pneu. O resultado é um carro parcialmente conduzido pelo sistema de sensores e “voado como um caça a jato”, segundo a Lotus.
O sistema de transmissão elétrico aciona cada roda independentemente, baseando-se na tecnologia já existente no hipercarro elétrico da Lotus, o Evija. No caso do E-R9, o recurso seria totalmente ajustável pelo piloto.
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A autonomia – um problema nas competições de carros elétricos atuais – ficaria para trás nos planos da montadora. “A densidade de energia da bateria e a densidade de potência estão se desenvolvendo significativamente ano após ano”, avalia Louis Kerr, engenheiro-chefe do Lotus Evija. “Antes de 2030, teremos baterias de química celular combinadas que darão o melhor dos dois mundos, bem como a capacidade de ‘troca a quente’ de baterias durante os pitstops”, afirma.
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